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Dosagem certa


Conforme citei no artigo da semana passada, emergências não nos avisam quando irão ocorrer, e dentre elas, tenho a impressão de que as emergências  financeiras parecem nos assustar com maior frequência.

Uma das primeiras proteções que precisamos ter é aquela relacionada às eventualidades do dia a dia, que surgem pelos mais variados motivos, como um acidente ou uma internação médica, por exemplo. Estarmos livres delas é quase impossível, reconheço; prepararmo-nos para conseguir enfrentá-las nem tanto...

Parte dessas emergências poderá estar coberta por produtos vendidos pelas seguradoras, como é o caso de seguros contratados por profissionais liberais que garantem diárias por dias parados. Mas o que fazer contra as emergências não cobertas? Numa situação extrema, como lidar com seis meses de desemprego?

Para ajudar a compreender a questão, imaginem três amigos, com o mesmo nível salarial e de despesas, mas que, de uma hora para outra, precisem o equivalente a dois meses de salário para fazerem frente a um cataclisma orçamentário: André nada tem de reservas; Bruno tem reservas aplicadas em investimento de baixa liquidez (ações, imóveis, fundos ou títulos com restrições de resgate); Carlos tem parte de suas reservas em uma Poupança.

Conseguir o dinheiro emergencial, possivelmente fará André tomar empréstimos em condições desfavoráveis, isso se não cair na armadilha do financiamento por meio do cheque especial. Planejou-se mal, não é mesmo?

Decerto Bruno, ao procurar investimentos de baixa liquidez, objetivava obter maiores rentabilidades para o seu dinheiro, estratégia que seria vencedora se a emergência não tivesse surgido. Diante do novo quadro, entretanto, talvez acabe no mesmo balcão que André, salvo se conseguir negociar com o outro lado...  Mas desde quando uma emergência espera?

Melhor postura teve Carlos, não apenas por ter sido previdente e guardar parte do que ganha (Bruno também fez isso), mas também por ter reservado parte de que guarda em instrumentos de elevada liquidez como a Poupança, ainda que venha a perder a rentabilidade do período caso resgate fora da data de aniversário da aplicação.

Conclusão: criar um fundo de emergência como nosso amigo Carlos fez não é tão difícil, bastando que vocês, meus queridos leitores, minhas queridas leitoras, se disponham a não torrar tudo o que ganham e direcionem seus esforços para o produto adequado. Mas atenção: não é para gastar essa reserva, nem que para isso seja necessário abrir uma conta em outro banco que não aquele onde vocês pagam suas contas do dia a dia.

O passo a passo e as dicas de como criar – e gerenciar – o seu fundo de emergência serão o tema do meu próximo artigo!

Um grande abraço e até a próxima semana!


Inteligência Financeira por Roberto Zentgraf

Graduado em Engenharia Civil (UFRJ), teve experiência profissional construída marcadamente na área financeira, iniciada na Controladoria do Grupo Exxon Foi professor no Grupo Ibmec lecionando disciplinas da área financeira (Matemática Financeira, Estatística, Finanças Corporativas, Gestão de Portfolios, dentre outras)

Paralelamente a estas atribuições, passou a assinar uma coluna semanal sobre Finanças Pessoais no jornal O Globo, tendo a oportunidade de esclarecer as principais dúvidas dos leitores sobre orçamento pessoal, dívidas, aposentadoria, financiamento imobiliário e investimentos. O sucesso atingido pela coluna proporcionou inúmeras participações em palestras, comentários na mídia escrita e televisiva, além da publicação de outros sete livros tratando o tema.

Após obter a certificação de planejador financeiro (CFP® Certified Financial Planner) associou-se à BR Advisors, grupo especializado em soluções financeiras.


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