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09/04/2020 às 16h00

Geral

Café: conheça os benefícios e em quais casos ele não é indicado para consumo

Professora da UNINASSAU Maceió esclarece os dois lados de uma das bebidas mais queridas pelos brasileiros

Divulgação

O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, além de, ano após ano, disputar com os EUA a liderança na lista de maiores consumidores do "pretinho". O café está presente na mesa de, praticamente, todas as famílias brasileiras, todas as manhãs e, em alguns casos, pela noite também. Além disso, há quem não abra mão de tomar um "cafezinho" ao longo do dia, seja no trabalho, na rua ou em casa. Mas, afinal, o café traz mais benefícios ou malefícios ao organismo?

De acordo com a professora de Nutrição da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió, Júlia Guimarães, os benefícios estão na cafeína, substância presente no café. "No caso de atletas, por exemplo, existe uma melhora de desempenho e de cognição. Existem estudos que mostram que a cafeína pode diminuir a percepção subjetiva de esforço durante o treino, diminuindo a fadiga", pontua a profissional.

"A cafeína estimula o sistema nervoso central, ligando uma espécie de sinal de alerta na gente. Além disso, aumenta a lipólise, que é a mobilização da gordura. A cafeína é uma excelente substância, porém, o indicado é procurar um nutricionista para saber o tipo de consumo ideal para cada pessoa, de acordo com a rotina e a necessidade do indivíduo", completa Júlia.

Segundo a professora, não existe nenhum malefício propriamente dito em relação à cafeína, mas, algumas pessoas têm restrições. "Quem tem refluxo, por exemplo, deve evitar ou consumir em menor quantidade a cafeína, que está presente tanto no café como em chás e chocolates. A cafeína diminui a pressão do esfíncter que temos entre o esôfago e o estômago, fazendo com que o bolo alimentar volte para o esôfago", alerta.

De acordo com Júlia, pessoas ansiosas também devem consumir o café com cuidado, pois a cafeína pode gerar uma ansiedade ainda maior. Grávidas e pessoas com gastrite também são orientadas a diminuir a quantidade de café ingerida, bem como os pacientes renais crônicos, que não podem tomar o café solúvel, pois ele tem mais potássio.

Algumas pessoas, buscando evitar a ingestão de cafeína, optam pela cevada. "A cevada também é um grão, tem uma cor parecida com a do café, mas não tem o mesmo gosto, nem contém cafeína. Ou seja, ela não conta com os benefícios que o café oferece. Mas, para as pessoas que têm o vício em café ou não podem tomar por restrições médicas, pode ser uma boa escolha pela semelhança. Contudo, no quesito benefícios, não tem a mesma aplicabilidade", explica Júlia.

Quanto café tomar por dia?

A professora de Nutrição, Júlia Guimarães, explica que não existem recomendações de quantidade diária de café, mas sim de cafeína. "O recomendado é consumir aproximadamente 420 miligramas de cafeína por dia. Se o parâmetro for o peso de quem vai ingerir, a recomendação varia de três a seis miligramas por quilo que a pessoa tenha. Como a quantidade de cafeína nas preparações depende da concentração, de como se faz o café, forte ou mais fraco, não há uma recomendação em xícaras, por exemplo. É importante, então, procurar um nutricionista para que ele adéque o consumo do café na rotina do paciente", explica a docente da UNINASSAU.

Cuidado com o açúcar

Ainda de acordo com a profissional, na maioria dos casos, o problema no consumo de café está muito mais relacionado com a adição de açúcar. "Imagine que você tome seis pequenas xícaras de café por dia e, em cada uma delas, coloque uma colher de chá de açúcar. É muita coisa. Precisamos fazer o máximo para diminuir a adição de açúcar nos alimentos. Então, é importante que se tome o café puro. Nosso paladar é totalmente adaptável, sendo assim, quem tem dificuldades com o sabor, com o tempo vai melhorando. Outra opção é utilizar o adoçante", indica.

"Para finalizar, deixo claro que o café não é um produto ruim e ninguém precisa deixar de tomar, desde que não tenha alguma restrição médica. Mas, para a população de maneira geral, não traz malefícios, desde que as recomendações sejam respeitadas", finaliza a professora Júlia Guimarães, da UNINASSAU Maceió.


Fonte: Assessoria

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