O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol-AL) realiza uma assembleia geral extraordinária, na segunda-feira (17), às 13 horas, no Clube de Engenharia de Alagoas, onde a categoria decidirá sobre a paralisação.
Na assembleia, a diretoria do Sindpol informará que o secretário Fabrício Marques disse que o governador não autorizou que ele negociasse com o Sindicato. “Então, a partir de agora, já que o governador Renan Filho, ao invés de dialogar e negociar com o sindicato, fez a opção pelo confronto. É um ato irresponsável por parte de um governador do Estado. Infelizmente, os policiais civis irão ter que traçar os rumos da luta, pautando o enfrentamento já que não há diálogo com o governador”, revela o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário.
Os policiais civis deliberarão sobre a negociação com o governo; o indicativo de paralisação e autorização da categoria para ação judicial contra a reforma da previdência estadual.
Os policiais civis estão desde o ano passado em campanha salarial, lutando pela valorização. A categoria reivindica piso salarial pela média nacional e reivindica o reconhecimento do salário de nível superior da Segurança Pública em Alagoas. Atualmente, é a categoria que recebe o pior piso salarial com nível superior e é o 24º pior salário do Brasil, acumulando perdas salariais de mais de 20%, mesmo com excelente desempenho no combate à violência, enfrentando a carência de efetivo. No ano passado, realizaram mais de 150 mil boletins de ocorrência, prenderam 5.752 criminosos, concluíram mais de 13 mil inquéritos e recuperaram 1.285 veículos. Cada policial trabalha por quatro, por conta da falta de policiais civis nas delegacias. Isso tem levado ao esgotamento e adoecimentos, implicando em mortes de mais de 40 policiais civis nos últimos 4 anos.
Fonte: Ascom Sindpol