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24/04/2018 às 19h40

Geral

Há 20 anos em operação, Google investe em ferramenta de busca por voz

Evento no escritório do Google Brasil marca os 20 anos de evolução do buscador - Rovena Rosa/Agência Brasil

O buscador mais usado no mundo, o Google, completa 20 anos de operação em 2018. A ferramenta de pesquisas continua sendo a principal fonte de receita da multinacional, respondendo por cerca de 90% do faturamento da companhia norte-americana. No início dos anos 2000, o sistema se destacou por conseguir hierarquizar as páginas, definindo o que era mais relevante, apresentando resultados mais satisfatórios do que só concorrentes. Atualmente, o desafio é se adaptar às exigências dos usuários de internet por celular.

“Para chegar a uma resposta com o laptop, é muito mais rápido do que com a conexão 3G”, exemplificou o diretor de engenharia para América Latina do Google, Berthier Ribeiro-Neto, durante a entrevista coletiva que apresentou as evoluções do buscador em duas décadas, como o aprimoramento pela busca de voz. O acesso móvel apresenta, segundo o engenheiro, uma série de complexidades em comparação com os computadores de mesa, como a tela menor e a movimentação do usuário durante as consultas, dificultando, inclusive, a digitação. 

O usuário brasileiro revela suas preferências no buscador. No ranking de palavras pesquisadas na última semana, lideram os termos: Youtube, previsão do tempo e o próprio Google, seguido por Banco do Brasil, BBB 18 e Peppa Pig.

Segundo o engenheiro Bruno Pôssas, responsável pela equipe de pesquisas da empresa em Belo Horizonte, de 5% a 10% das consultas, em todo o mundo, já são feitas sem digitação. O sistema é aprimorado com o uso de ferramentas de inteligência artificial que vai identificando os padrões e as necessidades a partir da interação com os usuários. “O componente principal que fez possível fazer busca por voz no Google é a qualidade do que a gente consegue através do uso de machine learning [aprendizado automático]”, destacou o engenheiro.

As máquinas têm permitido, de acordo com Pôssas, uma evolução rápida e contínua da ferramenta. Segundo ele, em um ano, a taxa de erros do sistema de pesquisas por voz caiu 50%. A experiência também é aprimorada com a melhora da qualidade da pequisas que tenta, cada vez mais, entender o que a pessoa está buscando, mesmo que não saiba escrever corretamente os nomes do que quer encontrar ou tenha poucas informações para iniciar a pesquisa. Para isso, o Google se vale de informações como a localização do usuário e a trajetória anterior de buscas, a chamada “jornada”. Apesar de armazenar essa grande quantidade de dados pessoais, a empresa nega comercializar esse material.

Fake news

O buscador tem procurado estratégias para evitar a difusão de informações falsas, sem fazer uma censura prévia do que é veiculado na rede. “O Google não vai tentar identificar de forma nenhuma os conteúdos que são fake dos conteúdos que são verdadeiros. Até porque a linha entre essas coisas é muito tênue. Então, o que o Google tenta fazer para melhorar a qualidade dos resultados é fazer com que sites autoritativos sejam os retornados para essas buscas mais complicadas”, explicou Pôssas.

As páginas consideradas autoritativas, ou seja, confiáveis, são definidas, segundo o engenheiro, a partir de uma série de critérios que, não necessariamente, classifica automaticamente os grandes portais de notícias e os canais governamentais. “Vários dos sinais partem de interação dos usuários daqueles sites e quantas notícias falsas eventualmente foram veiculadas por aquele site”, exemplificou.

A empresa tem apostado também em parcerias com páginas que fazem a verificação de informações que circulam na rede como antídoto contra as notícias falsas.


Fonte: Agência Brasil

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