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13/02/2020 às 22h00

Economia

Jovens foram os mais atingidos por piora no mercado de trabalho

Os jovens foram a parcela da população que mais perdeu renda no trabalho nos últimos cinco anos e é entre a juventude que estão os maiores índices de desigualdade, de acordo com a pesquisa Juventude e Trabalho do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV) Social. Em entrevista à Agência Brasil, o diretor da FGV Social, Marcelo Neri defende a educação como forma de melhorar esse cenário.

A pesquisa mostra que entre 2014 e 2019, jovens de 15 a 29 anos perderam 14% da renda proveniente do trabalho. Entre os jovens mais pobres, esse percentual chegou a 24% e, entre analfabetos, 51%. “O elemento fundamental um para lidar com essa situação é a educação. Não se pode errar na educação”, diz.

De acordo com a publicação, enquanto outros grupos tradicionalmente excluídos como analfabetos, negros e moradores das regiões Norte e Nordeste apresentam reduções de renda pelos menos duas vezes maior que a da média geral nesse período de crise econômica no Brasil, esta perda foi cinco vezes maior entre jovens de 20 a 24 anos.

O desemprego, segundo Neri, afetou os jovens, mas a precarização do trabalho também. “O desemprego é um componente importante, mas não é o único e não é o maior. O desemprego é alto, mas a perda por precarização, por informalidade e redução de salário é tão grande quanto o desemprego”, diz.

O cenário provoca descrença entre os jovens. Neri diz que 30% dos jovens brasileiros acreditam que não têm perspectiva de ascender socialmente pelo trabalho. Isso colocar o Brasil em 103º lugar em um ranking de 130 países. No Peru, esse percentual é 3%. "As ferramentas do jovem de inserção, que na verdade são as ferramentas de propulsão da economia, educação e trabalho, na visão do jovem esses elementos estão aquém do que eles precisam", diz Neri.

Descrentes, o percentual dos chamados nem-nem, ou seja, aqueles que não estudam, nem trabalham passou de 23,4% em 2014 para 26,2% 2019. Entre os jovens que são chefes de família, esse percentual cresceu de 15,19% para 22,67% no período. Entre mulheres, passou de 27,84% para 30,25%.



Fonte: Agência Brasil

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