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18/09/2019 às 14h22

Economia

Endividamento recua, mas sobe 10,37% os consumidores com contas em atraso

O tempo médio que os inadimplentes passam sem pagar as dívidas é de 78,5 dias

Em agosto, 191 mil consumidores maceioenses disseram estar endividados, conforme os indicadores da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pelo Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este número representa uma redução de 1,27% quando comparado a julho, mês em que 193 mil consumidores estavam nessa condição, firmando a segunda queda consecutiva neste indicador. Na variação anual, a população com dívidas ainda é 2,79% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

O levantamento sinaliza, ainda, que o aumentou em 10,37% o número de endividados com contas em atraso, quando comparado a julho. Considerando a variação anual, o volume de atraso de contas é 4,08% menor. Na análise do assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio AL), Felippe Rocha, contribui para isso o aumento do desemprego. “O mal desempenho da empregabilidade absoluta no primeiro semestre, com a perda de pouco mais de 23 mil postos de trabalho, reflete nessa dificuldade de pagamentos em dia das dívidas contraídas”, pondera Felippe.

Neste cenário, o número de inadimplentes também foi ampliado, subindo 10% em agosto na variação mensal e, em termos anuais, está 6% maior do que no mesmo período do ano passado. “Comparando a outras capitais, o endividamento geral está 0,2 pontos percentuais abaixo da média. Porém, em termos de conta em atraso, estamos dois pontos percentuais acima da média das capitais e, quando se fala em inadimplência, estamos 8,6 pontos acima”, avalia.

O cartão de crédito foi o principal instrumento financeiro utilizado na aquisição das dívidas (84,9%), seguido pelos carnês de loja (11%) e outras formas de dívidas (7,1%), a exemplo do crédito pessoal. Entre os inadimplentes, a possibilidade de quitar

integralmente as dívidas agora em setembro é de apenas 5,7%, enquanto 10% disseram que vão pagar parcialmente as dívidas. Já 67% não terão possibilidade de pagamento integral ou parcial, permanecendo nessa situação.

O tempo médio que os inadimplentes maceioenses passam com contas em atraso é de 78,5 dias. No geral, os endividados têm passado, em média, cerca de 6,9 meses com uma dívida, comprometendo 27% da renda pessoal.

Paralelamente à pesquisa do Instituto Fecomércio AL, os dados da Pesquisa Mensal do Comércio de junho, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também demostram a queda no consumo: em junho, redução de 2% em termos mensais e acúmulo de 3,5% na queda nas vendas. Em 12 meses, o volume de vendas foi 7,5% menor.

Já a Pesquisa Mensal de Serviços, os dados do IBGE (junho) apresentam leve alta (1%), acumulando, no ano, perda de 4,6%. Quando comparamos junho deste ano ante junho de 2018, o volume de Serviços demandados foi 3,9% menor.

“Essas informações nos permitem inferir que a redução do endividamento não está sendo compensada por compras à vista, pois os consumidores estão simplesmente comprando menos e evitando novas dívidas”, analisa o economista.

Relatório completo disponibilizado no site do Instituto Fecomércio AL.


Fonte: Ascom Fecomércio/AL

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