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10/09/2018 às 09h11

Cultura

Júnior Almeida lança “Nu”

Cantor e compositor faz seu quinto disco com o sentimento de que, “compor é um verbo íntimo”

Arquivo Pessoal

Por Eliane Aquino

Cantor e compositor, o alagoano Júnior Almeida lançará este ano o seu quinto disco, intitulado de “Nu”. Segundo ele, esse foi o seu trabalho “mais simples, mais fácil e mais gostoso” de fazer. Mas, a simplicidade muda de tom, ganha musculatura, com um dueto que o artista faz com Zeca Baleiro”. E segue se consolidando em uma outra música, “Tênue”, composta pelo filho de Júnior, Gabriel, e cantada com emoção pelo pai do jovem compositor.

Mas para Júnior Almeida, não há na seleção musical alguma que se diferencie da outra na qualidade e na mensagem. Pela primeira vez, o cantor e compositor, que nunca foi perseguidor da sonoridade de sucesso (mas é sucesso, sempre!), diz que não focou nas exigências da linguagem de mercado e junto com mais três amigos, Almir Medeiros, Toni Augus­to e Bruno Palagani, realizou o sonho de fazer um produto que acolhe muito dos sonhos dos quatro artistas. 

Diz Júnior Almeida: “Foi sentar, voz e violão, e o disco saiu sem artifícios”. São 11 músicas, sete em parceria com Fer­nando Fiúza, revela o artista, que tem mú­sicas suas gravadas por cantores como Ney Matogrosso, Mart’nália, Zeca Ba­leiro, Cris Braum Wilma Araújo e An­dréa Lau. Porém, o Júnior Almeida que assombra no palco pela força de suas músicas, já foi um menino tímido, que por pouco não deixou sua vocação musical de lado com medo de encarar o público.

Embora sempre tenha gostado de música, Júnior Almeida conta que virar artista nunca esteve em seus planos. Mas, sempre estava lá, menino, a apreciar e a viver música como público e não como artista, até que, estudando no Rio de Janeiro e em férias em Maceió, resolveu entrar numa banda, “Caçoa mas não manga”, para participar de um dos festivais universitários que aconteciam sempre na capital alagoana, e de lá para cá, perdeu a timidez e se fez o cantor e compositor que Alagoas e o Brasil conhecem. A banda, formada por 12 pessoas, durou um ano, mas Júnior decidiu seguir em frente com sua vocação. “Aí a vida vai nos moldando, fui pai, fiquei em Maceió, mas decidi manter a música como profissão”, enfatiza. Antes e ainda hoje, ele avalia o mercado de música como difícil, tanto em Alagoas como no país de uma forma geral. “Hoje, mais do que nunca, vivemos um momento delicado na arte de forma geral”, acrescenta, afirmando que há na música muita gente boa no Brasil.

O desafio para essas pessoas é descobrir uma forma de serem vistas, um meio para mostrarem seu trabalho. “É um mercado segmentado”, salienta Júnior Almeida. Uma das alternativas é que as emissoras de rádio divulguem as músicas, porém, mesmo assim, viver apenas de música ainda é muito difícil para a grande maioria dos músicos brasileiros, mas, quem vê o artista no palco, sabe que o sentimento de fazer música, para ele, assim como milhares de outros, vale a pena ser sentido. Que o diga Júnior Almeida.

O quinto disco de Júnior Almeida, “Nu”, será lançado dia 21 deste mês de setembro em todas as plataformas vir­tuais, e depois, em data ainda ser con­firmada, no Teatro Deodoro, em Maceió. 

HISTÓRICO

Em 1993, Júnior Almeida gravou uma fita cassete com o título “Transparências”; em 1999 lançou o seu pri­meiro CD, “A Lua não pertence a ninguém”; em 2001, o segundo veio com “Dias de Calor”; em 2006, foi a vez de “Limiar do Tempo” e, em 2012, “Memória da Flor”. A convite da Aliança Francesa de Alagoas, ele participou do Festival do Sul, em Mar­selha, França. Em São Paulo, Júnior representou Alagoas no projeto Ala­goas de Sol a Sol, tocando ao lado de Hermeto Pascoal, Leila Pinheiro e Duofel. No Rio de Janeiro lançou o CD Limiar do Tempo, no Teatro Rival, e ainda se apresentou, ao lado de Milton Nasci­mento, no show Crooner, e ao lado de Djvan, na inauguração do Teatro Gus­tavo Leite. 

QUEM É:

Francisco de Assis Silva de Almeida, ou Júnior Almeida,  é cantor e compositor, alagoano, atraiu a atenção de produtores e cantores do Brasil quando a música de sua autoria "A Cor do Desejo" foi gravada por Ney Matogrosso no CD Beijo Bandido, e entrou na trilha sonora da segunda versão de Saramandaia, novela da Rede Globo. 


Fonte: Painel Alagoas

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