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31/03/2024 às 11h20

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Alea jacta est

PARA REFLETIR

O povo quer honestidade na política, mas as pessoas não sabem ser honestas com o próximo. A política é o reflexo do seu povo.

Alea jacta est

Na linguagem jurídica é uma expressão utilizada quando os fatores determinantes de um resultado já foram realizados, restando apenas revelá-los ou descobri-los. É exatamente o momento que antevejo em relação a escolha do próximo prefeito de Maceió. “A sorte está lançada”. Eu acrescentaria minha previsão: “a guerra começou”, por não ter dúvida da beligerância que vai dominar o processo eleitoral em Maceió. Lançado o nome do deputado Rafael Brito como seu principal opositor o prefeito João Henrique Caldas já tem o tamanho exato de sua oposição e das muitas dificuldades que vai ter que encarar, Mesmo estando situado em confortável avaliação de seu mandato , em uma eleição majoritária o cenário pode mudar bruscamente, de acordo com os episódios da própria campanha, de um dia para outro, ou mesmo em questão de horas.

O perfil de cada um

Qualquer previsão apressada pode dar errado na análise critica de qual é o melhor candidato para Maceió. São dois jovens políticos com mandatos, um com mais experiencia (deputado estadual, federal e prefeito, no exercício do mandato o outro atualmente deputado federal, com cargos ocupado na alta gestão do estado, com êxitos evidentes alcançados por onde passou. O prefeito JHC tem a vantagem de conhecer melhor os problemas de Maceió, até porque tem convivido com eles por quase quatro anos. Mas Rafael Brito está na atividade pública há anos é disciplinado e tem demonstrado capacidade para a disputa.

Campo de batalha

Na disputa, onde deveriam prevalecer o programa de governo de cada candidato e suas propostas para Maceió, em debates e durante a campanha, não há previsão de qualquer gesto de cordialidade ou pelo respeito, de parte a parte. Pelo clima que tem prevalecido a grande pauta serão o destroçar a vida de cada um, a busca por supostos crimes cometidos e até as companhias tóxicas em cada palanque.

Entre os aliados ao Rafael Brito, estão os políticos detentores da maior rejeição no eleitorado de Maceió, a exemplo da família Calheiros, além de “folhas corridas” de fazer inveja a Fernandinho Beira Mar.

Do outro lado o quadro é idêntico, aí vai dar a opção do eleitor escolher o menos pior.

A disputa dos chefes

As eleições deste ano não vão alcançar apenas a disputa para prefeitos e vereadores nos 102 municípios alagoanos, vão muito além. Está em jogo o poder entre os principais “coronéis” da politica local, todos de olho em 2026, quando se elegerão governador, senadores e deputados. Os protagonistas do embate serão fatalmente Renan Calheiros (pai e filho) contra o presidente da Câmara, dos deputados, o poderoso Arthur Lira. Ambos lideram as maiores fatias eleitorais e são mestres no jogo político.

O preço do estupro

O senador Eduardo Girão (Novo-CE), em pronunciamento no Plenário, criticou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a absolvição de um rapaz de 20 anos acusado de estuprar e engravidar uma garota de apenas 12 anos em Araguari (MG). O STJ evocou o argumento de “constituição de um núcleo familiar”. Girão ressaltou que o caso gerou indignação entre cidadãos que defendem os direitos das mulheres e das crianças.

O parlamentar enfatizou que o réu foi acusado de estupro de vulnerável, tipificado no artigo 213 do Código Penal, crime passível de pena que varia de 8 a 15 anos de prisão. Estupra, paga fiança e sai pra cometer outros.

Cuspindo no prato

O vice-governador Ronaldo Lessa, acho que contaminado por novas más companhias no exercício da política, anda perdendo sua postura de equilíbrio emocional, coisa que eu imaginava ter ficado para trás, com o seu amadurecimento. Foi agressivo com o seu ex-companheiro, prefeito JHC, com o qual dividiu a gestão e nunca reclamou de shows com artistas famosos, acho que até participou e alguns.

Lessa tem uma história para preservar e se for na onda de bandidos vai se tornar em um deles.

Sem candidato

Se a eleição para prefeito e vereador de Maceió fosse hoje, eu não teria candidatos. Exerceria meu direito de não votar (passei dos 70 e a lei me faculta). Haverá tempo suficiente para que alguém me convença ou não.

Terei tempo para observar as propostas, a performance e até os delitos de cada um. Ao escolher eu anuncio e se não escolher também.

São tantas decepções, enganações, atos de improbidade e falta de zelo com o interesse público, que o eleitor termina escolhendo o “menos pior”. Não é o meu caso.

 

Pílulas do Pedro

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Começou a temporada de realização dos “cadastros eleitorais”. O TRE nunca percebe.


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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