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26/09/2022 às 09h20

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Queria o rei

Queria o rei

O presidente Jair Bolsonaro tinha um objetivo em sua viagem ao Reino Unido e não era homenagear a rainha Elizabeth, em seu sepultamento. Se não chorou a trágica perda de 600 mil brasileiros na pandemia, não seria a morte da soberana britânica que o comoveria. Bolsonaro viu a possibilidade de “fazer campanha,” no seu périplo que se estendeu até os Estados Unidos. 

Por lá (Inglaterra) foi um ser anônimo a patético, sem nenhuma visibilidade, além de tudo constrangido pelos ingleses ao provocar algazarra na frente da casa do embaixador brasileiro, em um de seus discursos chulos e inapropriados.

Pediu para ser recebido pelo rei Charles e lhe foi negado, sendo oferecida a possibilidade de encontro breve com o Chanceler James Cleverly, com a primeira ministra. Liz Truss, nem chegou perto. Queria uma foto com o soberano, para fazer campanha. Não conseguiu devido a sua diminuta expressão política para o mundo civilizado. O Brasil humilhado lamenta.

Renovação na Assembleia

Ao que tudo indica a conta final dos deputados que deveriam reconquistar os mandatos não vai bater com a previsão feita por eles e alguns especialistas. O momento político mudou e o eleitorado parece que amadureceu em se dar o direito de ser conduzido como boiada.

Pelos prenúncios a renovação da Assembleia será a maior já registrada na história de nossa política. Surgiram candidatos novos, com muita visibilidade e que transmite confiança de renovação ao eleitorado na capital e interior. Os antigos terão de suar muito e gastar idem, para permanecer no poder.

Vítima da violência

O senador Rodrigo Cunha é, sem dúvida, a vítima de violência política mais emblemática de Alagoas. Muito jovem, viu sua mãe (a deputada Cecy Cunha) e seu pai assassinados juntos, como consequência da inveja e da ganância e também da impunidade incontrolada dominante. Um crime que chocou e indignou o país.

Cresceu e venceu na vida praticando a política de sua mãe, sem carregar ódio e somando forças. Disse Rodrigo Cunha à coluna:” sou vítima da violência, mas isso não me contaminou, pelo contrário, tenho horror à violência, que em meu governo terá tolerância zero”.

Mudanças necessárias

Caso se confirme sua eleição para governador Paulo Dantas tem um longo caminho para ajustar antes de sua posse. Para fazer um bom governo precisa se cercar de pessoas experientes, principalmente para os cargos nos quais exige capacidade, vontade de trabalhar e experiência (não necessariamente em pública). Precisa antes de tudo fazer uma “limpa”, em todos os cargos comissionados, para depois então adequar uma lotação técnica, equilibrada com a política. Não há ninguém insubstituível na formação do governo e pessoas que passam muito tempo (dois mandatos) em uma posição estratégica de comando, se acha “efetiva” e fazem tudo para não largar o osso Esse poderá ser o erro grave. Já assisti filme semelhante.

Paulo Dantas escalado

O governador Paulo Dantas, pelas pesquisas publicadas esta semana já está com vaga garantida para o segundo turno da disputa para permanecer no Palácio Zumbi dos Palmares. Na briga para a escolha do seu adversário estão Rodrigo Cunha, Fernando Collor e Rui Palmeira. Agora na reta final entra o vale tudo e ganha quem mostrar maior capilaridade eleitoral e convencer os indecisos, que podem decidir a eleição.

Virão à tona histórias escabrosas de cada um dos personagens e enchente de fake news. É a velha história.... quem for podre que se quebre.

Quem quer dinheiro?

Nunca em eleições anteriores se praticou a compra de votos como estamos vendo agora. Com uma disputa acirrada, mandatos ameaçados, traições e compromissos não honrados o voto passou a ser mercadoria de primeira necessidade e as negociações feitas às claras, desafiando a Justiça Eleitoral, que se mostra inerte com o crime. Alguns candidatos logo colocarão “bancas de votos”, a exemplo do jogo do bicho com cadastramento de eleitores. Uma vergonha explícita. Ouvi de uma senhora que disse ter preenchido já quatro cadastros diferentes. Vai faltar votos para alguém.

Os “prefeitos” de Collor

O senador Fernando Collor deu uma guinada de mestre que deixou seus concorrentes na maior fúria. Publicou nas redes sociais dezenas de prefeitos e ex-prefeitos agradecendo sua ajuda aos municípios e com insinuação de q1ue apoiam sua candidatura.  São depoimentos antigos, mas com a astúcia de Collor não se deve brincar. No mínimo os eleitores ficaram confusos.

Brasília deserta

(BRASÍLIA) – Estou esta semana em Brasília. É natural que cidade esteja deserta nessa reta final das eleições. Na Câmara e Senado praticamente só as almas penadas fazem algum barulho nos corredores infectados do Congresso… Todos estão em campanha, gastando nosso dinheiro para ganhar a eleição e continuar gastando mais uma vez o dinheiro da “viúva”, que se em envergonha dos políticos brasileiros. Voltarão pra cá os mesmos acrescidos de parentes e aderentes. É o Brasil, meu irmão.

Pílulas do Pedro

 Forças de segurança devem estar atentar ao crescimento da violência, caso haja segundo turno das eleições.

Alagoas amadureceu e não admite chefetes, coronéis de araque e o retorno à violência política.


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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