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26/02/2012 às 13h09

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Comemorar e continuar a lutar

Artigo da presidente do PSDB-Mulher, Thelma de Oliveira

No último dia 24, as mulheres brasileiras comemoraram uma data histórica, embora a imprensa não tenha lhe dado o devido destaque: os 80 anos da conquista do direito de voto da mulher.

 Assinado pelo presidente Getúlio Vargas, o decreto foi resultado de uma luta histórica conduzida, entre outras, pela educadora Leolinda de Figueiredo Daltro. Mesmo assim, o decreto tinha inúmeras restrições.

As mulheres só poderiam concorrer e votar se fossem casadas e com autorização do marido ou viúvas ou solteiras, com renda própria. O fim das restrições só ocorreu em 1946.

 A conquista da emancipação eleitoral feminina foi o primeiro passo de uma longa jornada que, até os dias de hoje – oitenta anos depois - ainda está longe de ser concluída no Brasil.

A desigualdade de gêneros na política brasileira é gritante. Para se ter uma ideia disso, observe-se que a primeira senadora da República foi Eunice Michiles, do Amazonas, em 1979; a primeira ministra, Esther de Figueiredo Ferraz, em 1982; e a primeira governadora foi eleita em 1995, a maranhense Roseane Sarney!

Passados 80 anos, a bancada feminina na Câmara dos Deputados é de apenas 45 parlamentares, o que representa 8,77% do total da Casa. No Senado Federal, 12 mulheres ocupam cadeiras da Casa – 14,8% do total.

Esse quadro parlamentar coloca o Brasil na 142º colocação entres todas as nações do mundo, em se tratando da participação da mulher nos parlamentos.

Certamente, essa realidade foi uma das razões que levaram peritos do Comitê das Nações Unidas para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (Comitê Cedaw) a pedir informações a autoridades brasileiras.

Mas nós, mulheres engajadas na política partidária, não podemos esperar que fóruns internacionais nos mostrem essa triste realidade. Nossa luta e conquistas dependem de nosso envolvimento, de nossa presença no partido, na sociedade, nas eleições, debatendo e mostrando que somos capazes de representar a população e de administrar o Brasil, os Estados e os municípios. Já somos a maioria da população e de eleitores, mas ocupamos poucos espaços na vida pública e partidária no País!

Nossa luta começa no partido. A lei de cotas estabelece 30% de candidatas mulheres, mas ainda não disputamos as eleições em igualdade de condições – sejam políticas ou financeiras. As candidatas mulheres do PSDB estão lutando para que de fato haja igualdade.

Aqui, no PSDB, temos o exemplo de Dona Ruth Cardoso, uma mulher que no decorrer de sua vida pessoal, acadêmica e política sempre esteve a frente de seu tempo. Não só conquistou sua autonomia intelectual e profissional nos anos em que a mulher sofria ainda mais discriminações, como politicamente sempre apoiou as lutas femininas na sociedade, no partido e nos governos tucanos.

 “Por isso, precisamos repensar nossos objetivos, definir onde queremos chegar e, principalmente, saber que é bom a gente chegar logo, porque senão vamos ser atropelados”  - Ruth Cardoso.


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