Dólar com. 5.0153
IBovespa 0.58
29 de março de 2024
min. 23º máx. 32º Maceió
chuva rápida
Agora no Painel Caixa termina de pagar parcela de março do novo Bolsa Família
15/07/2019 às 11h48

Blogs

Porque o Acordo de Livre Comércio é importante para o Mercosul


O acordo de livre comércio assinado pelo Mercosul com a União Europeia no último dia 28 de junho após 20 anos, marca o fim do isolamento do bloco, avaliam analistas. O tratado é o mais ambicioso já feito pelo grupo de países sul-americanos. Até então, só existiam acordos de livre comércio com Israel, Palestina e Egito – economias pequenas e de pouca representatividade no comércio internacional.
Para os europeus, o fim da negociação também é um marco relevante. É o segundo maior acordo já acertado pela União Europeia. Só perde para o firmado com os japoneses.


O acordo entre os blocos representa 25% do PIB mundial e engloba 750 milhões de pessoas.
A primeira consequência desse acordo é o fim do isolamento do Brasil e do Mercosul, entende o presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias do Trigo (Abitrigo), Rubens Barbosa.


O acordo firmado zera tarifas para importantes produtos agrícolas exportados pelo Brasil, como suco de laranja, frutas e café solúvel. As taxas para exportar produtos industriais também serão eliminadas. Haverá ainda cotas para a venda de carnes, açúcar e etanol.
O acerto também vai reconhecer como itens provenientes do Brasil vá­rios produtos como cachaças, queijos, vinhos e cafés. Pelos novos termos, serão fixadas uma série regras, padrões e compromissos em diversas áreas, como em propriedade inte­lectual e meio ambiente.
A União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Mercosul. A corrente de comércio entre os dois blocos foi de mais de US$ 90 bilhões em 2018.


O acordo também pode proporcionar uma retomada nas relações co­merciais entre Brasil e União Euro­peia. Ao longo dos últimos anos, os eu­ropeus têm perdido espaço nas ex­por­tações brasileiras. Hoje, a UE re­presenta menos de 20% dos destinos dos produtos brasileiros. Nos anos 1990, representou quase um terço.

Em 2018, por exemplo, o Brasil vendeu US$ 42,1 bilhões para a União Europeia, o que significou 17,6% das exportações do país. Em 1998, a quantia era menor, de US$ 152,723 bilhões, mas correspondia a 30% do total embarcado.


As exportações caíram em função da retração no crescimento da Europa, e também por conta do tipo de pauta brasileira. É que, aponta a FGV/IBRE, o Brasil vende muita soja, minério, que são coisas que a UE até compra, mas nem tanto. Ainda assim, a expectativa é a de que a fatia exportada pelo Brasil à União Europeia pode crescer, principalmente por conta das cotas previstas para carnes e etanol.
Embora a participação da União Europeia nas exportações brasileiras esteja em queda, o bloco europeu ainda é o segundo maior destino dos produtos brasileiros. Só fica atrás da China, grande importadora dos produtos agrícolas do país. Em 2018, os chineses compraram US$ 66,67 bilhões do Brasil.


*Publicado originalmente como Editorial, na edição 30 da Revista Painel Alagoas



Painel Opinativo por Diversos

Espaço para postagens de opinião e expressão dos internautas

Todos os direitos reservados
- 2009-2024 Press Comunicações S/S
Tel: (82) 3313-7566
[email protected]