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15/04/2019 às 15h29

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Os números do desemprego no Brasil

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro, atingindo 13,1 milhões de pessoas, segundo dados divulgados semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Segundo o instituto, a alta representa a entrada de 892 mil pessoas na população desocupada.
No trimestre de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019, o desemprego cresceu para 12,4%, a população fora da força de trabalho é recorde, atingindo 65,7% milhões de pessoas, a taxa de subutilização da força de trabalho, 24,6%, e a população subutilizada, 27,9 milhões, também são recorde.
Já o número de desalentados, 4.9 milhões de pessoas, é o maior da série do IBGE; empregados com carteira assinada somaram 33 milhões e, os sem carteira, chegam a 11,1 milhões. Trabalhadores por conta própria são 23,8 milhões.
No trimestre encerrado em janeiro, a taxa de desemprego verificada pelo IBGE foi de 12%, atingindo 12,7 milhões de brasileiros, o maior número de desocupados desde agosto de 2018 e a primeira alta em dez meses. Com o desemprego em alta, diversas cidades do país têm visto a formação de grandes filas de trabalhadores em busca de uma vaga de trabalho nas últimas semanas.
Em São Paulo, um evento oferecendo mais de 6 mil vagas reuniu uma multidão no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade. Houve filas também na região metropolitana de Curitiba, onde trabalhadores buscavam vaga em um supermercado; em São José do Rio Preto (SP), por vagas em uma usina; no Distrito Federal, onde um restaurante abriu vagas; e em Campinas (SP), por vagas em uma loja na cidade. 
No Rio de Janeiro, filas de candidatos a uma das 150 vagas de auxiliar de serviços gerais se estenderam por dois quarteirões.  Já a taxa de subutilização – trabalhadores que poderiam estar trabalhando mais horas – alcançou 24,6%, chegando a 27,9 milhões de pessoas – o maior número da série histórica do IBGE, iniciada em 2012.
Na comparação com os três meses anteriores, houve uma alta de 901 mil pessoas subutilizadas. Já na comparação como mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento foi de 2,9%, ou 795 mil pessoas. 
O número de pessoas desalentadas – trabalhadores que desistiram de procurar emprego –, que chegou a 4,9 milhões, também é recorde da série do IBGE, repetindo o registrado nos três meses anteriores (setembro a novembro), mas uma alta de 275 mil pessoas em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O percentual de desalentados, de 4,4%, é o mesmo registrado nos três meses anteriores, também recorde.
O IBGE apontou também que a população fora da força de trabalho alcançou65,7 milhões de pessoas, a maior da série do instituto, crescendo 0,9% frente aos três meses anteriores e 1,2% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. A população ocupada caiu 1,1% frente aos três meses anteriores (menos 1,062 milhão), para 92,1 milhões de pessoas. Na comparação com os mesmos meses do ano passado, no entanto, houve um crescimento de 1,1% na população ocupada, ou 1,036 milhão de pessoas.
A administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi o setor que mais dispensou trabalhadores na comparação com os três meses anteriores, com um corte de 574 mil pessoas. Indústria (-198 mil) e construção (-155 mil) também reduziram o número de trabalhadores. De acordo com os dados do IBGE, o setor de transporte, armazenagem e correio foi o único que teve aumento na população ocupada, com uma alta de 133 mil pessoas.
O número de trabalhadores por conta própria ficou estável em relação aos três meses anteriores, em 23,8 milhões. Mas frente aos mesmos meses do ano passado, houve uma alta de 2,8%, equivalente a 644 mil pessoas.  Já o número de empregados sem carteira assinada caiu (-4,8%) na comparação com o trimestre anterior (menos 561 mil pessoas), para 11,1 milhões no trimestre de dezembro a fevereiro. Comparado a um ano antes, houve alta de 3,4%, ou 367 mil pessoas. 
O número de empregados no setor privado com carteira assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 33 milhões de pessoas, ficando estável em ambas as comparações, e o rendimento médio real habitual (R$ 2.285) cresceu 1,6% frente ao trimestre anterior e ficou estável em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A massa de rendimento real habitual (R$ 205,4 bilhões) ficou estável em ambas as comparações.Esse é o Brasil de hoje.

*Publicado originalmente como editorial da edição 27 da revista Painel Alagoas


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